Classificação:
Divisão: Spermatophyta
Subdivisão: Magnoliophytina (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Magnoliidae
Ordem: Magnoliales
Família: Magnoliaceae
Espécie: Magnolia x soulangeana SOUL.-BOD.
sinonímias: Magnolia x soulangeana hort.
Nome(s) comum(s): Magnólia; Magnólia-chinesa
Caracterização:
Distribuição: Trata-se de mesofanerófito híbrido (provavelmente obtido pelo cruzamento de Magnolia denudata com Magnolia liliiflora), originário de jardins, com uma altura até 6 m de altura.
Habitat: Muito utilizada como ornamental, em solos preferencialmente húmidos, ricos em húmus.
Época de Floração: Fevereiro a Abril.
Tronco, ramos e forma geral: Mesofanerófito (pequena árvore) de folha caduca de copa densa, oval a arredondada e de tronco principal robusto e ramos (frequentemente muito sub-ramificados) com casca fina, acinzentada e suave.
Folhas: Obovadas, alternas, simples, de 7.5-15cm de comprimento, ápice acuminado e base cuneada. A página superior da folha é verde forte e na inferior mais claro e pubescente.
Flores: Aparecem antes das folhas, mas também se desenvolvem a par das folhas. São púrpuras por fora e esbranquiçadas no interior. São aromáticas. Emergem das suas cápsulas de tegumento duro e são, geralmente, de dimensões generosas, por vezes, aromáticas.
Outras cores são admissíveis, do branco ao violeta, mediante o cultivar ou subespécie presente. Possui carpelos coriácios.
Frutos: Mais ou menos cónicos, que expelem as sementes na maturação (Setembro).
Interesse paisagístico: É fácil perceber, a partir de Fevereiro, que o principal interesse nesta planta reside na sua floração, mais ou menos efémera (2 a 3 semanas), mais ou menos abundante e nos tons típicos que vão do branco ao violeta, passando por toda a gama de tons rosados.
A floração antecede o aparecimento da folhagem, mudando para esta o seu interesse.
Não podemos deixar de lado a estética geral da árvore, de linhas suaves e ordenadas, que conferem geralmente um "toque de classe" aos espaços em que estão inseridas.
Faz um "brilharete" quer nos espaços mais clássicos e antigos (jardins públicos e privados), onde é usada como elemento de pontuação (geralmente com maciços arbustivos de cor verde) ou ainda, tal como nos espaços mais modernos, como árvore de alinhamento - promotora de um determinado ritmo.
Em espaço privado, é mais frequente a sua utilização como elemento de pontuação, isolada.
Locais em Chaves onde se podem observar exemplares desta espécie: Pelas suas características globais (históricas, principalmente), dois locais sobressaem de imediato para uma visita mais demorada em Chaves: O Jardim Público e o Jardim do Bacalhau.
No primeiro podemos observar com bastante proximidade exemplares desta espécie em particular, usados em alinhamento, à volta do verdadeiro jardim (entrada Este), numa parceria feliz com camélias, loendros e cerejeiras-bravas, compondo em diferentes alturas da Primavera um ramalhete de tons rosados que parece saltarem de planta em planta, acompanhando todos o lento evoluir do ser vivo mais velho de Chaves e que vive, precisamente, ali (o cedro-do-atlas com mais de 300 anos de vida).
Neste espaço, ainda, pode observar-se o exemplar de magnólia que se encontra na bordadura do jardim da casa de Sotto-Mayor, provavelmente um dos mais antigos de Chaves.
No Jardim do Bacalhau temos a oportunidade de observar a conjugação das cores branca e rosada dos exemplares do cultivar 'alba superba' ou 'alba' com a variedade 'liliiflora', suponho eu.
Outro espaço ajardinado público em que podemos observar esta espécie em alinhamento é o jardim da Madalena, em frente à pista de pesca.
Ainda em espaço público chamamos a atenção para os exemplares de cor mais branca, e Usadas como árvore de alinhamento ou como pontuação, mais isoladas, para o alinhamento da Rua 25 de Abril (do Arrabalde para as Caldas) ou ainda a magnólia do extinto Jardim das Freiras, actual largo General Silveira) e os dois exemplares existentes no seio da freguesia da Madalena.
Em espaço privado existem muitos exemplares de magnólia-chinesa, facilmente "detectáveis" por onde quer que nos desloquemos.
No Google Maps:
Curiosidades:
- A família Magnoliaceae é considerada uma das mais primitivas de todas as planta com flor, na qual estão incluídas cerca de 220 espécies (grupo das Plantas Arcaicas), afirmação suportada pelas partes fossilizadas encontradas (com cerca de 95 milhões de anos) e, também, por algumas características morfológicas que apresentam (por exemplo, os seus órgãos reprodutores que evoluíram antes do aparecimento das abelhas, possuem carpelos extremamente duros, uma vez que eram polinizados por escaravelhos, podendo assim a planta evitar ser comida ou danificada pelo escaravelho, enquanto este carregava o seu polén para outras plantas).
- A designação etimológica da espécie tem como origem a denominação "Magnolia" em honra de Pierre Magnol (1638-1715), Professor de Botânica e Director do Montpellier Botanic Gardens, França e "soulangeana" dedicada a Etienne Soulange-Bodin (1774-1846), célebre horticultor francês que cultivou em grande número esta espécie na sua propriedade em França.
- Existem muitos cultivares disponíveis, variando em diversas características, como a cor das flores, o tamanho das plantas e a época de floração.
- A espécie apresenta uma boa resistência à poluição urbana.
- De algumas espécies de magnólia-chinesa e magnólia-japonesa são produzidos produtos medicinais com propriedades tónicas e estimulantes.
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Fotos: F.Reis(c)2008-2011
Local: Chaves (Jardim Público, Jardim do Bacalhau, jardim da Madalena, Rua 25 de Abril, entre outros)
Texto: adaptado de várias fontes, em especial da FLORA DIGITAL DE PORTUGAL do Jardim Botânico da Utad.
Outros:
+ CONIFER GARDENS NURSERY - capítulo dedicado á 'lista' de magnólias
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Hi, thank you for the information on my post: Unique plant!
ResponderEliminarWe have these flowering trees in your photos, around here. They are just very glorious and beautiful!