Descrição geral: Micro a Mesofanerófito (pequena/média árvore cuja altura pode atingir os 12 a 20m na região de origem) perene da família das Acanthaceae e originária da Nova Zelândia.
Folhas: Lineares com nervuras paralelas, verde-escuras, erectas (ligeiramente curvadas na parte terminal), em forma de espada de 40 a 100 cm de comprimento e 3 a 10 cm de largura, formando um conjunto arredondado no topo de cada caule, em que as mais velhas ficam pendentes escondendo o tronco. Apresenta, a partira do veio central da folha muitos veios paralelos.
Tronco: Apesar de poder apresentar várias ramificações, logo a partir da base, a forma típica apresenta um único tronco que pode crescer até aos 20m de altura com 1 a 2m de largura. O tronco é de cor acinzentada, esponjoso, fissurado e áspero ao toque.
Flores: Surgem apenas nos exemplares mais velhos e bem desenvolvidos, na Primavera e princípios de Verão, de cor branco-creme, fragrantes, dispostas em inflorescências compostas (cachos ou panículos de 60 a 100cm de comprimento) de perfume suave. Individualmente, as flores assemelham-se a pequenos lírios com 5 a 6mm de diâmetro, estames do mesmo comprimento das tépalas e com estigmas pequenos.
Frutos: Em forma de baga globosa de cor branca ou branco-azulada com 5 a 7mm de diâmetro e com sementes negras.
Época de Floração: Abril a Julho nas nossas latitudes.
Outros: O néctar e as bagas produzidas constituem uma atracção para aves e insectos.Nos exemplares mais velhos é possível observar o crescimento de longos (até 3 metros) rizomas verticais com a finalidade de fornecer ancoragem à árvore e armazenar fructose. Prefere solos de textura desagregada, suportando os pobres em húmus. Com um excelente comportamento na região mediterrânica, suporta climas frios desde que as suas temperaturas mínimas no Inverno não ultrapassem os - 10ºC.
Classificação:
Divisão: Spermatophyta
Subdivisão: Magnoliophytina (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Lamiidae
Ordem: Lamiales
Família: Acanthaceae
Espécie: Cordyline australis
Sinonimias: Dracaena australis G. Forst.
Descritor: (G. Forst.) Endl.
Variedade:
Nome(s) comum(ns) em Portugal: Fiteira; Lírio-palma
Valor paisagístico: planta ornamental, apreciada pela persistência, forma e tamanho das suas folhas, pela cor e pela forma das suas flores e pelas características do seu tronco que, em conjunto a fazem assemelhar a verdadeiras palmeiras. É utilizada em jardins particulares ou espaços públicos, essencialmente como elemento de pontuação, escultural. O seu aspecto geral e a sua resistência, trazem facilmente à memória, traços do chamado Jardim Romântico, onde era utilizada como factor de surpresa, elemento que marcaria a diferença, na composição geral da paisagem.
Não é de descartar uma associação (livre) do uso desta espécie com o fenómeno de emigração para latitudes mediterrânicas (em especial o Brasil e os Estados Unidos da América) ou de migração para as ex-colónias portuguesas.
Locais em Chaves com exemplares a observar: Sendo Maio a altura ideal para começar a observar a formação e a coloração da panícula de flores, podemos observar exemplares desta espécie em diferentes locais de Chaves, isoladamente ou em grupo.
Em especial captaram a minha atenção os exemplares que observei no centro da Rotunda do Largo da Maria Rita; no Jardim das Caldas; no novo Parque Urbano (não lá mas de lá) ou ainda no Jardim do Bacalhau, onde se encontram numa excelente composição de cariz mais tropical (juntamente com agaves, cactos variados, palmeira-da-china, yucas, ...).
Chamo a atenção que esta associação em especial (retratada nas fotos de baixo) é única em matéria de espaços públicos flavienses e este facto deveria ser considerado em futuras intervenções paisagísticas (?).
Exemplares observados no Jardim do Bacalhau (à direita na imagem).
Confunde-se facilmente o seu recorte com o das palmeiras com quem estão associadas.
Confunde-se facilmente o seu recorte com o das palmeiras com quem estão associadas.
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Fonte para a Classificação: Jardim Botânico da UTAD – Flora Digital de Portugal
Fonte para a Descrição Geral: Cordyline australis na Wikipedia
Nota:. Todas as fotos são de minha autoria e foram obtidas entre Fevereiro e Maio de 2010.
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Gosto delas Fernando
ResponderEliminarVejo mais em parques ou grandes jardins e aprecio mais enquanto pequenas.
Parece que chamamos de dracenas.
òtimo post., gosto desse blog de plantas, me descansa muito apreciá-las e ler a respeito.
abraços
LIS, apesar de pertencerem a famílias distintas, a C. australis também pode ser reconhecida como dracaena (que significa fêmea de dragão). Obrigado pelos seus comentários.
ResponderEliminarFabrício, pode conferir que já estou seguindo o seu blogue com atenção e vou publicitar no meu outro.
ResponderEliminarAbraço.
as fiteiras se cortadas e plantadas em novo terreno sobrevivem?
ResponderEliminarSim ou não ?
EliminarSó queria acrescentar que suas folhas compridas eram usadas para amarrar as mais diversas coisas, ainda hoje é usada por agricultores, feirantes,floristas e outros em Portugal.
ResponderEliminarBoa tarde, alguém me pode dizer como plantar está arvore. Obrigado
ResponderEliminarBasta cortar novos rebentos que surjam no pé ou ramos da árvore e plantar ganham facilmente raiz. Ou então podar uma das pontas do ramo e plantar essa mesma ponta, sendo que no ramo vazio da árvore irão nascer novos rebentos.
EliminarBoa tarde, alguém me pode dizer como plantar está arvore. Obrigado
ResponderEliminarBoa tarde, alguém me pode dizer como plantar está arvore. Obrigado
ResponderEliminarComo transplantar a fiteira?
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